Jucineide Maria Mascarenhas de Oliveira - Gestora Ambiental
Profª Amyra El Khalili - Orientadora MBA em Economia Socioambiental
Profº Saraiva - Fundador da ONG GERMEN/BA
Profº Ulisses e equipe - EEEMBA-Agrimensura/BA
flordecactoambiental@hotmail.com
Resumo
Todos nós sabemos ou temos uma um pouco de conhecimento dos benéficos da banana no nosso organismo, mas ainda não tínhamos parado para pensar que a banana, os subprodutos e seus resíduos possa ser uma commodity ambiental. Esta commodity preenche os requisitos de não gerar impacto ambiental no eco sistema, alimentar os seres vivos, inclusive o homem, gerar empregos e renda para as comunidades, estados e nações.
Palavra chave: Bananeira, subprodutos, reciclagem.
Introdução
Iniciamos ao citar a utilidade dos resíduos sólidos da bananeira pelas suas raízes e o pseudocaule que, além de sua utilidade natural de levar nutrientes para o seu desenvolvimento e fruto, pode ser utilizado como cobertura de solo para evitar deslizamento e erosão de terras agrícolas, também nas encostas até mesmo nos grandes centros urbano e em pequenos quintais residenciais, usando um pouco de criatividade para substituir diversos poluentes como: papel, papel de alumínio, plástico entre outros, pela folha da bananeira, fazendo economia doméstica e contribuindo com a preservação do meio ambiente.
Referencial Teórico
É grande a utilidade dos resíduos da bananeira como uma commodity ambiental a começar que ela pode substituir ou amenizar o impacto ambiental que o eucalipto provoca com a fabricação de papel. Desta commodity pode se fazer papel artesanal ou industrial, papel ondulado substituindo o famoso papelão para embalagens industriais (Pesquisadores do Departamento de Bioquímica de Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), revestimento acústico, dar criatividade para os futuros revestimentos arquitetônicos com a adição do polímero da mamona que pode se tornar um bom substituto para a tão poluente fibra de vidro. A Química verde, o professor Marco Aurélio De Paoli, responsável pelo laboratório de polímeros condutores do Instituto de Química da Unicamp, está a procura de fibras condizentes. O resíduo da bananeira já é matéria prima para diversos artesanatos, uma alternativa para comunidades carentes seja ela rural ou urbana.
Na alimentação animal é até difícil relacionar todos os animais que podem sobreviver com os resíduos da bananeira, citamos apenas os de grande porte e de maior peso na nossa sociedade como os bovinos, eqüinos, ovinos, caprinos e suínos, que no nosso nordeste nos períodos de seca podem ser beneficiados na diversificação da sua alimentação com essa planta. Existem informações empíricas, técnicas e científicas sobre o uso da bananeira (Musa spp.) no controle de parasitas em animais domésticos.
“Recomenda-se a eliminação de folhas velhas, mortas ou quebradas e pseudocaules caídos ou quebrados. O desbaste das touceiras deve ser efetuado para a eliminação dos rebentos, deixando-se apenas a “mãe”, um “filho” e um “neto” ou “mãe” e dois seguintes.” (LUNA, EBDA, 1997).
Na alimentação humana já temos pesquisa feita pela Universidade de Pernambuco - , com a utilização da parte mais interna do pseudo caule da bananeira para a fabricação de uma espécie de palmito. Pode ser usar as folhas para cobrir os alimentos nos cozidos (abará, bolinhos de tapioca e milho, etc.) e assados (carnes e peixes, etc.), substituindo o papel laminado que tem uma vida longa descartado no meio ambiente. A casca da banana pode fazer bolos, geléias e doces. Também pode ser usado no plantio da cultura do cogumelo do gênero Pleurotus spp. para a alimentação e para o cultivo de Agaricus blazei, um fungo com notável valor comercial devido às suas características medicinais já demonstradas.
Na farmacologia popular a seiva da bananeira (tanino) é um dos mais conhecidos cicatrizante natural, usado pelas índias e comunidades nativas nas camas de parto e no período pós-parto como cicatrizante.
A fruta banana que é o ouro para organismos dos seres vivos nessa commodity ambiental, não só pela cor, mas pelas suas utilidades, fazemos uma pequena citação apenas da parte farmacológica para o corpo humano que são: Sacarose, frutose e glicose, energia para fazer exercícios físicos extenuantes, ajuda a curar e prevenir doenças como anemia, tensão arterial, aumenta a capacidade mental, suas fibras ajudam no funcionamento do intestino e serve para corrigir intestino solto, contém Trypotopham, um tipo de proteína que no organismo converte em Seratonina, reconhecida por relaxar, melhorar o humor e, de um modo geral aumenta a sensação de bem estar, combatendo estados depressivos, excesso de álcool, azia, enjôo matinal, picadas de mosquitos, sistema nervoso, stress no trabalho, TPM, úlcera, herpes, controle de temperatura nas mulheres grávidas nos países nórdicos, os bebês nascerem com temperatura baixa, DAO - Desordens Afetivas Ocasionais, ajuda as pessoas se libertar do fumo (tabaco), enfarte, verrugas, regulador de níveis de carboidratos, hipokaliemia ou seja baixa de potássio.
Metodologia
A metodologia é variada, de acordo com cada atividade a seguir, citamos como exemplo à da cultura popular para o setor de saúde. A nossa de gestão ambiental tem a seguinte sugestão: As folhas devem ser lavadas e higienizadas ou fervidas que ficam também mais resistentes. Podem servir de revestimento descartável que não esquenta, para camas com lastro de lona ou reciclagem de pneus (finas tiras) para pessoas idosas ou acamadas com doenças de pele tipo: alergia a tecidos sintéticos, priorize, herpes, ferimentos de pessoas acamada, substituindo em alguns casos a fralda descartável tão difícil de ser eliminada no meio ambiente.
Considerações Finais
Neste artigo procurei relacionar tudo que a commodity ambiental bananeira e seus resíduos, pode contribuir para a sobrevivência e crescimento de uma sociedade que precisa refletir mais sobre as culturas já existente, para poder escolher o que e como usar seus recursos sem gerar tanto impacto ambiental no ecossistema.
Agradecimentos
A minha família, comunidades, orientadores, colaboradores da EBDA, EEEMBA, UFBA e ONG GERMEN.
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“O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.” Flávio Gilkovate (médico psicoterapeuta).
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